sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Django Livre - Crítica de filmes


Prazer, meu nome é Quentin Tarantino

Em sua mais nova obra cinematográfica, Quentin Tarantino toca novamente em um ponto polêmico (a escravidão negra) como também fez em Bastardos Inglórios quando falou do Nazismo, rendendo declarações polêmicas de Spike Lee diretor do filme Faça a Coisa Certa, sendo o mesmo uma homenagem ao western spaghet, vemos uma abordagem cheia de humor negro, boas atuações e muito, mas muito sangue. Entretenimento qualificado ao estilo Quentin Tarantino.

O filme conta a história Django que é um escravo negro liberto que, sob a tutela de um caçador de recompensas alemão, torna-se um mercenário e parte para encontrar e libertar a sua esposa das garras de Monsieur Calvin Candie, charmoso e inescrupuloso proprietário da Candyland, casa no Mississippi onde escravas são negociadas como objetos sexuais e escravos são colocados pra lutar entre si.

Django Livre está contido de bons atores com interpretações de ótima qualidade. Neste contexto se encontra o sempre bom Christoph Waltz (favorito para o Oscar de melhor ator coadjuvante) que faz o caçador de recompensas Dr. King Schultz que consegue muito bem incorporar um personagem irônico, sarcástico, mas que contêm atos "generosos" com Django. Em seu primeiro papel de antagonista no cinema Leonardo DiCaprio obtém um resultado satisfatório, mesmo Tendo alguns exageros e na mesma qualidade de atuação se encontra o todo elenco. Os destaques estão para Jamie Fox que faz Django onde ele consegue muito bem alcançar desenvolvimento do personagem feito pelo roteiro e Samuel L. Jackson que está em um dos seus melhores trabalhos fazendo Stephen o preconceituoso, arrogante e leal servo do seu senhor Monsieur Calvin Candie.

Plasticidade e proporções exageradas, profundidade de campo, direcionamento de olhar é o faroeste de Tarantino, tão pouco parecido com o faroeste que alevantou o cinema americano para cenário mundial. E a sua experiência blaxploitation (Os filmes blaxploitation eram protagonizados e realizados por atores e diretores negros e tinham como publico alvo, principalmente, os negros norte-americanos) está muito presente no Django vide sua trilha sonora onde contém a presença de rap e funk bem como o estilo spaghettis onde utiliza um substituto sem norte de olhar ao plano geral com um zoom veloz e introdutório.

A Escolha de uma abordagem arriscada de tratar de forma irônica e sarcástica um assunto tão delicado como a escravidão nos Estados Unidos, com diálogos inteligentes e com um ritmo onde se passa quase três horas sem sentir sua duração. Tendo dividido o filme em duas partes, O primeiro Django é um aprendiz transformando-se em um Mercenário e na outra parte ele é uma pessoa já moldada em busca do seu amor vestido com o sentimento de ódio e vingança.

Apesar de concordar com Spike Lee e também considerar a escravidão como holocausto e não apenas em plano de fundo para uma simples diversão onde a reflexão do mesmo fica em segundo momento. Não podemos desconsiderar a obra de grande qualidade (não melhor que outras obras do diretor como Bastardos Inglórios), cheios de longos e inteligentes diálogos, com pitadas de humor negro, grande precisão técnica e bastante violência e sangue. Entretenimento ao estilo Quentin Tarantino.
NOTA 8,0

FICHA TECNÍCA
Nome original: Django Unchained
Direção: Quentin Tarantino
Roteiro: Quentin Tarantino
Gênero: Drama/Faroeste
Origem: Estados Unidos
Duração 165 minutos


Trailer Legendado 














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