sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Minha Mãe é uma Peça - Crítica de filmes


Mais do Mesmo

O filme Minha Mãe é uma Peça conseguiu ultrapassar a barreira de 4 milhões de expectadores, feito surpreendentemente normal devido ao aquecimento do mercado de comédias nacionais, entretanto a qualidade fílmica é bastante similar há outros títulos do gênero como Odeio o dia dos namorados e Até que a Sorte nos Separe, pois são obras lucrativas, feitas só para entretenimento, cheio de estereótipos e esquecíveis.

O longa é uma adaptação da peça homônima, onde Dona Hermínia (Paulo Gustavo) é uma mulher de meia idade, divorciada do marido (Herson Capri), que a trocou por uma mais jovem (Ingrid Guimarães). Hiperativa, ela não larga o pé de seus filhos Marcelina e Juliano (Mariana Xavier e Rodrigo Pandolfo), sem se dar conta que eles já estão bem grandinhos. Um dia, após descobrir que eles a consideram uma chata, resolve sair de casa sem avisar para ninguém, deixando todos, de alguma forma, preocupados com o que teria acontecido. Mal sabem eles que a mãe foi visitar a querida tia Zélia (Sueli Franco) para desabafar com ela suas tristezas do presente e recordar os bons tempos do passado.

A primeira semelhança que Minha Mãe é uma Peça obtém perante outras comédias brasileiras é o destaque desproporcional d@ protagonista diante dos personagens secundários, Paulo Gustavo apesar de seu histerismo exacerbado, consegue arrancar boas risadas com sua atuação leve e descontraída, mesclando experiências tantos no teatro quanto pessoais (vide uma imagem pessoal do mesmo ao termino do filme). Mas o mesmo nível de Paulo Gustavo não passa aos outros atores globais como Ingrid Guimarães tamanha superficialidade da personagem como desempenho da mesma. 

O roteiro é outro ponto incomum que se aproxima das comedias brasileiras lançadas no mercado cinematográfico, apesar da sua crítica a classe média brasileira (mesmo que leve), ela é rodeado de estereótipos que rodeiam a nossa nação como, por exemplo, a filha mais de Dona Hermínia que é gorda, sem hábitos de higiene e que se alimenta exageradamente. Na sua estrutura contém enraizados alguns preconceitos da sociedade, como a mãe que tem dificuldade de aceitar homossexualidade do seu filho. Além de seus flashblacks sem sentido, de pouca agregação ao roteiro e com muitas cenas que destoam do real (como a cena que Dona Hermínia vai buscar sua filha numa boate), mas que trazem graça à trama. 

É evidente que Minha Mãe é uma Peça conseguiu chegar ao seu alcance, manter aquecido o cinema brasileiro e proporcionar diversão ao seu expectador, mas quando se observa obras de maior cunho artístico e até mesmo crítico como Doméstica e Som ao Redor que são financiados por políticas culturais do governo federal e são poucos vistas pelos seus próprios patrocinadores (a sociedade em geral) fica a preocupação de termos uma melhor distribuição desses filmes, enquanto isso continuaremos “apreciar” obras deste tipo de gênero.


 NOTA: 8,0

FICHA TECNÍCA
Direção: Andre Pellenz
Roteiro: Paulo Gustavo
Gênero: Comédia
Origem: Brasil
Duração 78 minutos
Ano: 2013


Trailer do filme



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quinta-feira, 14 de março de 2013

Indomável Sonhadora - Crítica de filmes

Simplesmente Humano

Esse ano o cinema independente americano foi homenageado pelo Oscar com a indicação de dois filmes na categoria de melhor filme, sendo a contemplação de Indomável Sonhadora uma grata surpresa, pela beleza narrativa e a interpretação de Quvenzhané Wallis sendo a mesma a mais nova mulher a ser indicada como melhor atriz.

O filme conta a história de Hushpuppy tem seis anos e vive no delta de um rio na Louisiana, em uma comunidade isolada, com seu pai Wink. Sua mãe desapareceu há algum tempo. Quando uma tempestade levanta as águas ao redor de seu vilarejo, Wink subitamente adoece. Logo a natureza se altera e criaturas pré-históricas despertam de suas sepulturas congeladas, os aurochs. Ela vê seu harmônico universo em colapso. Enquanto luta para sobreviver à catástrofe, a pequena heroína decide ir à procura de sua mãe.

O elenco do filme é à base deste filme, todos estão bem, muito pela ligação local que os atores têm por serem da região onde foi gravada a trama. Especialmente os atores Dwight Henry e Quvenzhané Wallis, sendo o primeiro capaz de gerar várias emoções com sua atuação desde estranhamento pela sua educação fora do padrão, como também à compaixão pelo seu amor por Hushpuppy, acabou sendo injustiçado por não ser indicado para o melhor ator coadjuvante. Tendo como atriz principal a grande surpresa positiva, com uma interpretação cheia de repertório e, sobretudo de muito talento em diversos momentos da personagem tanto no mundo real como em sua fantasia, atuação fantástica desta promessa americana. Além da química produzida entre o pai e a filha.

Apesar de ser um longa-metragem relativamente barato para os padrões americanos (custou cerca de 800 mil dólares), Indomável Sonhadora não deixa a desejar na parte técnica, pois utilizou a fotografia adequada, figurino e a maquiagem de acordo aos personagens (destacando a beleza agressiva de Hushpuppy) como também a direção de arte realizada de forma criativa, pela pouca verba que possuía.

O Roteiro do filme é outro ponto forte da trama, por ser tão simples e comovente ao mesmo tempo. A relação familiar que é tratada no roteiro envolve o público e o transporta para aquele lugar. O roteiro e a atriz faz com que a menina Hushpuppy tenha uma encantação sobre o público arrebatadora, principalmente pelo seu jeito corajoso e ingênuo aumentado pela boa utilização da narração da mesma. Além de mostrar com grande talento a relação que a “banheira” tem com os personagens da trama. Um roteiro simplesmente humano em todas as instâncias.

Filme muito bem dirigido, dando liberdade aos atores, cheio de mensagens, com roteiro bem produzido e belíssimas atuações, um dos melhores filmes independentes este ano, Indomável Sonhadora é leve e profundo, agora só não pode chorar.

NOTA: 8,0

FICHA TECNÍCA
Nome original: Beasts of the Southern Wild
Direção: Benh Zeitlin
Roteiro: Benh Zeitlin (roteiro), Lucy Alibar (peça e roteiro)
Gênero: Drama/Fantasia
Origem: Estados Unidos
Duração 93 minutos
Ano: 2012

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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Oscar 2013


Melhor Diversidade de filmes desta Nova Década

O Oscar nesta última edição nos premiou com uma das melhores safras de filmes desta nova década. Os temas das produções beiraram entre o enobrecimento patriótico americano como Argo e o sofrimento humano como Os Miseráveis.


85° Oscar era considerado por muitos críticos o mais imprevisível dos últimos tempos, muito pelo filme Argo de Ben Affleck, que acabou não sendo indicado como o melhor diretor, mas foi mencionado como melhor filme, entretanto no mesmo ele ganhou em outras premiações como Globo de Ouro. Com este fato, estava em aberta quem levaria a estatueta nestas categorias. Este ano também tiveram destaques e recordes como no caso de Quvenzhané Wallis e Emmanuelle Riva que se destacam em seus filmes e foram a mais nova e a mais velha atriz indicadas ao Oscar respectivamente. Além de grandes coreografias, canções (Adele maravilhosa) e homenagens, enfim uma noite glamorosa como o Oscar deve ser.

Análise das principais categorias do Oscar.
Melhor Roteiro Adaptado:
A disputa era muito boa tínhamos um roteiro comovente de Indomável Sonhadora, um guião mais histórico do que biográfico de Lincoln, mas acabou ganhando  o roteiro de estrutura clássica dos filmes americanos de Argo, só considero indispensável as indicações de Aventuras de Pi e o roteiro cheio de clichê de O Lado Bom da Vida.
Melhor Roteiro Original:
Este era certeza que o prêmio seria de Quentin Tarantino no seu incrível roteiro explotation apesar de considerar que Amor e Voo serem de uma compaixão e ternura humana pouco vista no cinema.
Melhor Filme de Língua Estrangeira:
O favorito ganhou, como a maior justiça, contudo, a torcida estava para o filme chileno “No” em sua estrutura comercial reflexiva.
Melhor Filme de Animação:
A Justiça não foi feita na categoria, claro que todos em média estão muito bons, mas Detona Raph, consegue emocionar gerações.
Melhor Atriz Coadjuvante:
Mais que merecido o prêmio para Anne Hathaway na sua belíssima atuação como Fantine em Os Miseráveis (o melhor aspecto do filme), a outras indicadas estão muitos bens em seus papéis, tirando a sofrível interpretação de Sally Field por Lincoln
Melhor Ator Coadjuvante:
A Categoria mais brilhante da noite, todos os indicados pelo menos tinham ganhado uma estatueta e além do mais todos eram talentosos em seus papéis antecessores como os atuais. O Christoph Waltz acabou ganhando apesar de considerar Robert De Niro tradicionalmente muito bem no papel.
Melhor Atriz
A queridinha hollywoodiana e grande atriz Jennifer Lawrence venceu nesta categoria com sua personagem Tiffany que lhe caiu como luva, porém as que mais se destacaram foram a grande atriz Emmanuelle Riva em sua proeza, delicadeza e sutileza interpretativa e a grande surpresa Quvenzhané Wallis. Naomi Watts consegue salvar o filme O Impossível com seu papel, apenas não entendido a indicação da inexpressiva Jessica Chastain por A Hora Mais Escura.
Melhor Ator:
Daniel Day-Lewis fez história, ao receber o merecido prêmio de melhor ator por Lincoln ele se tornou o único a ganhar três estatuetas nesta categoria, as outras premiações vieram com Meu Pé de Laranja e Sangue Negro. Em total mergulho com o personagem ele nos fez acreditar, por mais de 2 horas e meia de projeção que estávamos vendo Lincoln em nossas frentes. Menções Honrosas para o sempre bom Denzel Washington e o incrível Joaquin Phoenix.
Melhor Direção:
Em todas outras premiações de cinema nos Estados Unidos como Globo de Ouro, SAG (Premiação do sindicato dos atores) e outros Ben Affleck ganhou como melhor diretor, mas como não estava na disputa esse ano. Esta categoria estava imprevisível, podendo ser Steven Spielberg por sua direção delicada ou Michael Haneke por sua condução tão humanista e cativante sendo Benh Zeitlin por Indomável Sonhadora e David O. Russell por O Lado Bom da Vida as zebras. Entretanto academia preferiu prestigiar o diretor que escolher priorizar a parte técnica e estética (muito belo por sinal) em oposição ao um conteúdo confuso e fora da realidade. Ang Lee pela segunda vez leva o prêmio.
Melhor Filme:
Para esta premiação tínhamos boas produções que eram concorrentes diretos ao prêmio.
A Hora mais Escura era o filme mais fraco dentre os indicados, principalmente pelo seu primeiro ato confuso e extenso. O Lado Bom da Vida se mantém com boas atuações e algumas situações engraçadas, mas seu roteiro é previsível e cheio de clichês certamente não levaria. Lincoln era favorito até Argo ganhar todas outras premiações como melhor filme, mas ganhou fôlego por causa da falta da indicação de Ben Affleck como melhor diretor. Aventuras de Pi é de uma beleza estética primorosa, mas de um roteiro pouco consistente, seria favorito alguns anos, mas depois de Avatar em 2010 não apostaria na obra para vencer. Os Miseráveis seria favorito se não fosse pela direção pesada de Tom Haper. Amor e Indomável Sonhadora são os filmes mais cativantes do Oscar, mas o primeiro filme já sido premiado e o posterior só em ser indicado já era uma vitória. Django Livre com sua inovação genial seria o grande vencedor nesta disputa, mas a academia não costuma premiar estes tipos de filme. Então Argo que soube muito bem aprimorar a narrativa clássica do jeito de fazer filme Americano, aliado a mensagem de patriotismo  leva o prêmio de melhor filme.

Contudo mesmo alguns filmes que foram esquecidos pela academia como As Vantagens de Ser Invisível, Os Intocáveis e até Batman - O Cavalheiro das Trevas Ressurge, considero um avanço na academia em questão de qualidade cinematográfica, pois penso que os filmes americanos e sua indústria estão buscando um mercado no qual eles poucos faziam parte os filmes de arte, espero que eles continuem assim. 

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

O Lado Bom da Vida - Crítica de Filmes


ERRO CULTURAL

Ao assistir O Lado Bom da Vida pude notar como academia pode cometer alguns equívocos em suas indicações, tudo bem que os atores Bradley Cooper (Se Beber Não Case) e Jennifer Lawrence (Jogos Vorazes) estão muito bem em seus papéis e que é sempre bom ver Robert De Niro atuando, tanto que o filme está indicado a todos os prêmios de atuação, mas está obra concorrer como melhor filme é pelo menos pretencioso de mais.

O Filme conta história de Pat Solitano que após passar quatro anos internado numa instituição para tratamento de deficientes mentais, ele pretende consertar os erros do passado, através da reaproximação com sua mãe e reconciliação com sua ex-esposa.

A melhor parte do filme são as boas atuações dos personagens principais, destacando-se Jennifer Lawrence que interpreta com grande maestria a Tiffany que por meio da morte do seu marido tenta resolver este problema tendo relações sexuais com vários homens, Jennifer Lawrence consegue tornar a personagem sensual, romântica psicótica e solitária ao mesmo tempo tendo grande peso dramático, um show de atuação. Bradley Cooper que faz o papel de Pat Solitano também não fica atrás, trazendo todo seu talento para seu personagem, um sujeito bipolar, muito cativante no qual torcermos por ele, trazendo grande interação entre Tiffany e Pat Solitano. Na mesma qualidade estão Jacki Weaver e Robert De niro que faz mãe e o pai de Pat Solitano, os dois estão em grande química e captam muito bem esse relacionamento conflituoso familiar em relação ao filho.

Pensando na parte técnica, como todo filme americano é bem detalhado, destacando a maquiagem e o vestuário dos personagens, percebemos com mais clareza suas características, principalmente em Tiffany. A locação do bairro típico de classe média americana é bem exposta, como também a sua fotografia é bastante regular.

Os problemas se encontram no roteiro, principalmente o seu estilo comédia romântica com seu formato mais que batido e cheio de clichês. Por exemplo, os primeiros trinta minutos para apresentação das personagens, uma reviravolta onde começa o segundo ato, seguida da segunda meia hora, com o desenvolvimento da trama; por fim, mais uma reviravolta onde começa o terceiro ato, e o filme se encaminha para meia hora final. Além do relacionamento inverossímil com o pai e filho.

O Lado Bom da Vida é um bom filme, têm boas atuações, a parte técnica está em boa qualidade, mas algumas escolhas do roteiro, como também na direção displicente não faz ele esteja aos pés de outros indicados a melhor filme. A academia cometeu diversos equívocos como não indicar para nenhuma premiação As Vantagens de Ser Invisível, Ferrugem e Osso, Os Intocáveis entre outros mais o maior foi deles foi indicar O Lado Bom da Vida como melhor filme.

NOTA: 7,0

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FICHA TÉCNICA
Nome Original: Silver Linings Playbook
Direção David O. Russell
Roteiro: David O. Russell (roteiro), Matthew Quick (romance
Ano: 2012
Gênero: Comédia/Drama/Romance
Origem: Estados Unidos
Duração: 122 minutos
Tipo: Longa-Metragem



segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Lincoln - Crítica de filmes


Filme com a Marca Steven Spielberg

No seu novo filme Steven Spielberg mostra as características do ilustre Lincoln sobre os dois eventos que ocorriam na época da sua presidência, a escravidão negra e a guerra civil americana. Lento, longo, mas de primazia técnica de Spielberg e interpretativa de Daniel Day-Lewis.

O filme conta história do 16º presidente dos Estados Unidos, durante o final de seu mandato, em uma época sangrenta. Em uma nação dividida pela guerra e por fortes ventos de mudança, o presidente Lincoln percorre um caminho de difíceis ações, a fim de terminar a guerra, unir o país e abolir a escravidão. Com coragem moral e força para obter sucesso, suas escolhas nesse período crucial mudam o destino das gerações que ainda estão por vir.

Tirando todo peso que filme carrega pelos nomes de Spielberg e sobre a história do presidente Lincoln, a obra já vale a pena assistir pelas grandes interpretações. O primeiro a se destacar é Tommy Lee Jones que faz o deputado defensor da Abolição Thaddeus Stevens no qual consegue pegar seu sarcasmo e seu mau humor, mas quem está acima da média é o grande ator Daniel Day-Lewis, que faz o carismático, persuasivo e grande contador de histórias Lincoln, a sua interpretação doce e gostosa cativa qualquer telespectador do filme. A baixa vai para atriz Sailly Field que interpreta superficialmente a Senhora Lincoln principalmente no momento de consternação.

A parte técnica é um dos grandes pontos do filme, primeiro a maquiagem quase e por que não perfeita que envelhece o presidente, bem como sua fotografia com uma iluminação de cena quase barroca, principalmente as cenas em salas-escuras aonde a luz do mesmo vem apenas das janelas ou do sol que banha o presidente, com se fosse holofotes num teatro, no qual vanglória o grande Lincoln.

O roteiro se dá “liberdade” em alguns pontos históricos como, por exemplo, nos debates dos deputados sobre a lei no qual libertava os negros da escravidão, onde nunca existiu, pois os deputados tinham que se referir apenas ao presidente da câmera como também a mulher de Lincoln que nunca acompanhou a contagem dos votos e nem o deputado Thaddeus Stevens declarou que os negros e brancos só eram iguais perante a lei. Ao Colocar o virtuoso presidente em ações corruptas para conseguir um bem comum (bastante parecido com a primícias de Maquiavel que diz que não importa os meios e sim os seus fins) é um ponto positivo para obra, além de fazer um co-relação (mesmo que subjetiva) com o presidente Obama. 

Daniel Day-Lewis em grande forma, Spielberg em um bom trabalho, mas não tão brilhante e original como em outras obras do diretor como ET – O Extraterrestre e Minority Report - A Nova Lei, entretanto é um bom filme para quem quer conhecer um pouco mais do conhecido personagem histórico dos Estados Unidos. Ganhador dos prêmios de melhor ator para Daniel Day-Lewis e Melhor ator coadjuvante para Tommy Lee Jones no Globo de Ouro e no SAG (prêmio do sindicato dos atores) é o grande favorito junto para Argo para premiação de melhor filme no Oscar.
NOTA 7,5

FICHA TÉCNICA
Nome Original: Lincoln
Direção Steven Spielberg
Roteiro: Doris Kearns Goodwin (biografia), Tony Kushner (roteiro), Paul Webb (roteiro)
Ano: 2012
Gênero: Biografia/Drama/Guerra/Histórico
Origem: Estados Unidos
Duração: 150 minutos

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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Django Livre - Crítica de filmes


Prazer, meu nome é Quentin Tarantino

Em sua mais nova obra cinematográfica, Quentin Tarantino toca novamente em um ponto polêmico (a escravidão negra) como também fez em Bastardos Inglórios quando falou do Nazismo, rendendo declarações polêmicas de Spike Lee diretor do filme Faça a Coisa Certa, sendo o mesmo uma homenagem ao western spaghet, vemos uma abordagem cheia de humor negro, boas atuações e muito, mas muito sangue. Entretenimento qualificado ao estilo Quentin Tarantino.

O filme conta a história Django que é um escravo negro liberto que, sob a tutela de um caçador de recompensas alemão, torna-se um mercenário e parte para encontrar e libertar a sua esposa das garras de Monsieur Calvin Candie, charmoso e inescrupuloso proprietário da Candyland, casa no Mississippi onde escravas são negociadas como objetos sexuais e escravos são colocados pra lutar entre si.

Django Livre está contido de bons atores com interpretações de ótima qualidade. Neste contexto se encontra o sempre bom Christoph Waltz (favorito para o Oscar de melhor ator coadjuvante) que faz o caçador de recompensas Dr. King Schultz que consegue muito bem incorporar um personagem irônico, sarcástico, mas que contêm atos "generosos" com Django. Em seu primeiro papel de antagonista no cinema Leonardo DiCaprio obtém um resultado satisfatório, mesmo Tendo alguns exageros e na mesma qualidade de atuação se encontra o todo elenco. Os destaques estão para Jamie Fox que faz Django onde ele consegue muito bem alcançar desenvolvimento do personagem feito pelo roteiro e Samuel L. Jackson que está em um dos seus melhores trabalhos fazendo Stephen o preconceituoso, arrogante e leal servo do seu senhor Monsieur Calvin Candie.

Plasticidade e proporções exageradas, profundidade de campo, direcionamento de olhar é o faroeste de Tarantino, tão pouco parecido com o faroeste que alevantou o cinema americano para cenário mundial. E a sua experiência blaxploitation (Os filmes blaxploitation eram protagonizados e realizados por atores e diretores negros e tinham como publico alvo, principalmente, os negros norte-americanos) está muito presente no Django vide sua trilha sonora onde contém a presença de rap e funk bem como o estilo spaghettis onde utiliza um substituto sem norte de olhar ao plano geral com um zoom veloz e introdutório.

A Escolha de uma abordagem arriscada de tratar de forma irônica e sarcástica um assunto tão delicado como a escravidão nos Estados Unidos, com diálogos inteligentes e com um ritmo onde se passa quase três horas sem sentir sua duração. Tendo dividido o filme em duas partes, O primeiro Django é um aprendiz transformando-se em um Mercenário e na outra parte ele é uma pessoa já moldada em busca do seu amor vestido com o sentimento de ódio e vingança.

Apesar de concordar com Spike Lee e também considerar a escravidão como holocausto e não apenas em plano de fundo para uma simples diversão onde a reflexão do mesmo fica em segundo momento. Não podemos desconsiderar a obra de grande qualidade (não melhor que outras obras do diretor como Bastardos Inglórios), cheios de longos e inteligentes diálogos, com pitadas de humor negro, grande precisão técnica e bastante violência e sangue. Entretenimento ao estilo Quentin Tarantino.
NOTA 8,0

FICHA TECNÍCA
Nome original: Django Unchained
Direção: Quentin Tarantino
Roteiro: Quentin Tarantino
Gênero: Drama/Faroeste
Origem: Estados Unidos
Duração 165 minutos


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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

300 Filmes para Ver Antes Morrer - Livros


Autor: Alexandre Maron
Editora: Rede Globo
Ano de lançamento: 2006
Número de páginas: 192

Este livro é uma boa dica para quem curte cinema, literatura e de quebra, se amarra em uma boa lista. Reunindo 300 filmes que, como diz o título, são obrigatórios para qualquer mortal assistir antes de passar desta para melhor e mais do que a simples lista o livro apresenta sinopses muito interessantes de cada uma das obras além de contar com quadros explicativos onde gêneros, diretores e atores/atrizes são apresentados de maneira resumida e explicativa ajudando a entender um pouco mais a respeito da sétima arte.
Um prato cheio para quem busca uma referência em filmes que foram sucesso e tornaram-se clássicos, ajudando a responder a clássica pergunta: Que filme assistir hoje? Contemplados na lista, filmes lançados entre 1922 e 2005, de Três homens em conflito a Sin City, de Operação Dragão a Kill Bill, de Aconteceu naquela noite a Harry e Sally. Com o grande número de lançamentos em DVD de filmes que antes só estavam disponíveis em VHS, é comprar o livro e correr para locadora. Garantia de boa leitura e bons momentos em frente a TV.


Sobre Autor
Alexandre Maron, carioca, 37 anos - Diretor de Projetos Online da Editora Globo. Formado em jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ingressou na Folha de S.Paulo em 1998, no programa de trainees do jornal. Trabalhou como repórter de cultura até 2000, quando ingressou na Editora Globo como editor da revista NET TV. Em 2003, como diretor de redação, comandou a reformulação do título, que se tornou MONET, com uma forte pegada de cultura pop e entrevistas  e perfis de artistas e personalidades. Em 2006, editou o livro 300 Filmes para Ver Antes de Morrer, uma seleção eclética de filmes com o selo da seção Mente Aberta, da revista Época. Em dezembro de 2007, deixou a revista Monet para implantar a Época São Paulo, onde ficou até sair em licença, em outubro de 2008, para fazer um mestrado em Media Management na University of Westminster, em Londres. Retornou à Editora Globo em setembro de 2009 e passou a atuar em projetos digitais com foco em mobilidade e novas plataformas, incluindo celulares e e-readers. Entre os produtos lançados estão os guias de Crescer e Época São Paulo para iPhone e a app Época Digital, para o iPad.




quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Programa Celtx - Dicas e Tutoriais


FICHA TÉCNICA
Nome: Celtx
Tipo: Gratuito
Tamanho: 14,3 MB
S.O: Windows XP/Vista/7/98/2000/8


DESCRIÇÃO

O Celtx é um aplicativo essencial para quem quer ingressar na produção de vídeos, filmes ou peças de teatro, já que ele não apenas permite que os roteiros sejam escritos e formatados corretamente, mas também apresenta grandes ferramentas de produção, direção e direção de arte, integrando todos os profissionais envolvidos.

Tutorial


Filme Gonzaga - De Pai Para Filho - Torrent


FICHA TÉCNICA
Titulo Original: Idem
Direção: Breno Silveira
Roteiro: Patrícia Andrade
Gênero: Biografia/Drama/Música
Ano: 2012
Origem: Brasil
Duração: 120 minutos
Tipo: Longa-metragem


SINOPSE
Dois artistas brasileiros, dois ícones da cultura popular. Um do sertão nordestino, o outro carioca do Morro de São Carlos. Duas personalidades opostas que compõem uma mesma história marcada por desencontros de um pai e um filho que passaram a vida tentando se entender. Luiz Gonzaga e Gonzaguinha: a emoção transborda em notas musicais.


Filme Argo - Torrent


FICHA TÉCNICA
Argo
Titulo Original: Argo
Direção: Ben Affleck
Roteiro: Chris Terrio (roteiro), Joshuah Bearman (artigo)
Gênero: Drama/Suspense
Ano: 2012
Origem: Estados Unidos
Duração: 120 minutos
Tipo - Longa Metragem


SINOPSE
A Revolução Iraniana chega a seu ponto de ebulição e a CIA vê-se obrigada a preparar um arriscado plano para libertar seis americanos que encontram-se abrigados na casa do embaixador canadense.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Os Cinco Maiores Filmes Polêmicos - Top Five

Filmes polêmicos sempre rendem grandes discussões  seja pelo conteúdo abordado, por uma cena que seja tabu ou até aqueles tenha intervenção do Estado para que não haja exibição sendo cenas sexuais, assuntos tabus na sociedade entre outros. Qualquer que seja o filme polêmico sempre renderá grandes resenhas sobre o mesmo. Vou enumerar cinco grandes filmes polêmicos.

5°) Serbian Film - O mundo escondido do sexo

A polêmica consiste quando o juiz Ricardo Machado Rabelo, da 3ª Vara Federal de Belo Horizonte, havia atendido em 9 de agosto uma ação cautelar ajuizada pelo Ministério Público Federal, que afirmava que o longa de horror continha trechos simulando a participação de um recém-nascido e menores de idade em "cenas de sexo explícito e pornografia" e outros com "barbárie, selvageria e crueldade".
Cinematograficamente é um totalmente razoável, mas as cenas são chocantes para pessoas conservadoras.



Filme Online Completo













4°) O Segredo de Brokeback Mountain - Relação entre pessoas do mesmo sexo
A polêmica consiste na relação homossexual entre os protagonistas do filme, tendo cenas de beijos e sexo entre os personagens. A sua exibição foi proibida na China, Bahamas, em países do Oriente Médio e salas de cinemas conservadoras dos Estados Unidos. Já na Itália algumas cenas foram cortadas na TV aberta.
Cinematograficamente é um dos melhores filmes de Ang Lee






Filme completo Online

3°) Calígula - Cenas de Sexo Explícito
A polêmica consiste por que Calígula foi o primeiro grande filme a mostrar atores famosos (John Gielgud, Peter O'Toole, Malcolm McDowell, Helen Mirren) envolvidos em cenas de sexo explicito, além do mais quando lançado no mercado, "Calígula" foi censurado no Brasil e em vários países europeus, o que acabou lhe granjeando imerecido destaque e ainda em 1992 o filme foi exibido no Brasil, na Rede OM (atual CNT), no horário entre o final da noite e começo da madrugada. O filme seria exibido em dois dias, devido à sua grande duração; porém, no final do primeiro dia de exibição o filme foi, por meio de uma liminar da Justiça, tirado do ar, ou seja, foi censurado, devido às cenas de sexo explícito.


Trailer











2°) Cronicamente Inviável - Crítica Ácida a Sociedade Brasileira
A polêmica consiste na crítica ácida sobre toda sociedade Brasileira desde a Classe mais rica como a pobre, desde o carnaval no Rio de Janeiro até o de Salvador. Homossexuais, o MST, os Negros, nada escapa de sua crítica feroz, chamando o povo brasileiro de hipócrita, mentiroso e currupto. Em destaque as cenas polêmicas de masturbação, moradores de rua comendo sobras dos restaurantes e o tráfico de crianças. Cinematograficamente um filmaço de Sergio Bianchi.




Filme Online Completo
















1°) Tiros em Columbine - Crítica engraçada e ácida sobre cultura do povo norte-americano com as armas
A polêmica consiste principalmente na crítica engraçada e ácida ao governo que vem através de um acervo de notícias recentes, demonstrar como a cultura americana de "a melhor defesa é o ataque", age sobre os cidadãos americanos, provocando uma insegurança nacional que faz com que o medo seja um sentimento crônico entre os americanos e consequentemente faça-os buscar uma falsa segurança "armamentista" e violenta. Assim as indústrias de armas ganham mais e consequentemente o governo lucra bem mais nos impostos, porém a conseqüência é ter o país mais violento do mundo, em que adolescentes e até crianças se matam com armas de fogo. Moore mostra que essa política agressiva é geral, pois o Estado americano sempre agiu dessa maneira em diversos conflitos, quando algo em algum governo os incomodou, o estado tratou de destruir, liquidar com "tal incômodo". São vários os exemplos: Fidel, Vietnã, Irã, Iraque, etc. Os Estados Unidos só perdem para a Alemanha em massacres a civis inocentes. Sendo assim, dentro do país as coisas se dariam da mesma maneira, esse seria o motivo. 

Filme Online Completo
 

Menções Honrosas para:
AntiCristo
Os Sonhadores
Ken Park
O assunto de Meninas
Shortbus
Febre de Rato
Instinto Selvagem
Má Educação
Amor Estranho Amor
O Ultimo Tango em Paris
Giselle
Império dos Sentidos 

domingo, 27 de janeiro de 2013

"No" - Crítica de filmes


Em Busca de Mudanças

Às vezes se faz necessário mudar sua forma de agir para conseguir algo que se almeja a bastante tempo pois as velhas praticas não conseguem chegar ao alvo. Este é uma das primícias de um das cinco produções indicadas ao Oscar de melhor filme Estrangeiro que desbancou boas Obras como Piéta e Os Intocáveis.

A história do filme se passa em 1988 quando, o publicitário René Saavedra retorna ao Chile depois de viver no exílio e vai trabalhar pelo "não" na campanha publicitária realizada para o plebiscito que colocou fim à ditadura de Pinochet. Com poucos recursos e permanente vigilância, Saavedra e sua equipe criam um audacioso plano para vencer a votação.

O filme para ser bom precisa-se de boas interpretações e neste quesito o filme “No” consegue se sair muito bem com boas atuações que exprimem a tensão vivida por pessoas na campanha do Não contra o regime de Augusto Pinochet com seus medos, a suas lutas e principalmente a esperança de um Chile livre. Os destaques são Alfredo Castro que faz Lucho Guzmán, Luís Gnecco que interpreta Urrutia, Antonia Zegers que faz o papel de Verônica e principalmente Gael Garcia Bernau que se transforma em total plenitude, maestria e talento em René Saavedra um publicitário que revolucionou a comunicação socialista de Chile.

A Fotografia é outro ponto bem explorado pelo diretor Pablo Larraín que em seu caráter estético prefere optar por usar uma imagem suja, muitas vezes com a câmera na mão e a luz estourando a todo instante incomodando a todo momento o publico, sobre olhar da  câmera U-matic da década de 80, sendo que a ideia era fazer um filme com as mesmas aos moldes de outras produções chilenas que tinham na época, bem parecido com filme favorito ao Oscar de melhor filme Argo.

O roteiro muito bem produzido consegue manter um bom ritmo e quase não sentimos as quase duas horas da película. Com imagens reais da campanha, vemos como René Saavedra conseguiu vender para o cliente (os socialistas) e depois para o público (o povo chileno) uma nova forma politica que transmitia alegria e esperança ao contrário de um Chile apreensivo e triste do qual os conservadores estava disposto a mostrar, mas tem um ponto que o filme consegue muito bem mostrar é o paradoxo que representa um publicitário considerado por muitos um fiel escudeiro do capitalismo e do consumo, coisa que partidos socialistas contrariam. Ao decorrer do filme notamos a evolução dos personagens, bem como crescimento de patriotismo que surge do público através do filme mesmo não sendo chileno.

Um filme que todo publicitário, comunicador e mercadologo deveria assistir, pois notamos o quanto é forte uma mudança de posicionamento para o beneficio almejado. Histórico, de grandes lições e de Bastante qualidade cinematográfica. Observando o interesse do publico de fora por filmes da América latina vide outros filmes indicados ao Oscar como O Segredo dos Seus Olhos da Argentina e Cidade de Deus.
NOTA: 9,5

FICHA TECNÍCA
Nome original: Idem
Direção e Roteiro: Pablo Larrín
Origem: Chile
Duração 118 minutos


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terça-feira, 22 de janeiro de 2013

O que é Cinema de Jean Claude Bernardet - Livros


Autor: Jean Claude Bernardet
Editora: Brasiliense
Ano de lançamento: 2001
Número de páginas: 64

Em 28 de dezembro de 1895, Paris assistiu a primeira exibição pública do "cinematógrapho". Mas nem seus próprios criadores, os irmãos Lumière, acreditavam no sucesso daquele aparelho inicialmente projetado para pesquisas científicas de movimentos. Quase um século depois, o cinema se transformou no mais fantástico criador de ilusões, cuja "impressão de realidade" às vezes se presta à dominação ideológica e comercial.

Sobre o Autor
Nascido na Bélgica, de família francesa, Jean-Claude passou a infância em Paris, e veio para o Brasil com sua família aos 13 anos, naturalizando-se brasileiro em 1964. É diplomado pela École des Hautes Études en Sciences Sociales (Paris) e doutor em Artes pela ECA (Escola de Comunicações e Artes) da USP.
Interessou-se por cinema a partir do cineclubismo, e começou a escrever críticas no jornal O Estado de São Paulo a convite de Paulo Emílio Salles Gomes. Tornou-se grande interlocutor do grupo de cineastas do Cinema novo, e especialmente de Glauber Rocha, que rompeu com ele a partir da publicação de Brasil em Tempo de Cinema (1967). Foi um dos criadores do curso de cinema da UNB, em Brasília, e deu aulas de História do Cinema Brasileiro na ECA, até se aposentar em 2004.
Além de sua importância como teórico, é também ficcionista, com quatro volumes publicados. Participou de vários filmes, como roteirista e assistente de direção, eventualmente como ator em pequenos papéis. Nos anos 1990 dirigiu dois ensaios poéticos de média-metragem: São Paulo, Sinfonia e Cacofonia (1994) e Sobre Anos 60 (1999).
É também inventor do brinquedo infantil Combina-cor, lançado pela Grow.



Os Cinco Melhores Filmes de Besteirol Americano - Top Five

Filmes de Besteirol Americano, são produções que caem no gosto da massa e irritam profundamente os críticos, pelo apelo sexual, piadas baratas e de segunda intenções e pelas situações engraçadas que passam os personagens os críticos, mas como toda regra tem exceção vou listar os cinco melhores filmes de Besteirol Americano. Entretenimento é a questão.

5°) Todo Mundo em Pânico - Primícias das paródias do novo século
Produção que faz parodias de  filmes do gênero de terror como a então trilogia do Pânico e Eu Sei que Vocês Fizeram no Verão Passado. Divertido, simples e engraçado, um ótimo passa tempo em dia de ócio.



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4°) O Virgem de 40 Anos - Comédia acima a média
Besteirol familiar, engraçado, divertido, com clichês Básicos e com uma grande atuação de Steve Carell


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3°) American Pie - A Primeira Vez é Inesquecível
Besteirol Americano tem muitos filmes despreziveis, mas este marcou o final da década de 90 e fez parte da juventude daquela época que ainda conquista fãs em todo mundo. Grandes Nostalgias


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2°)  Borat - O Segundo Melhor Repórter do Glorioso País Cazaquistão Viaja à América - O besteirol mais crítico dos anos 2000
Personagem engraçado + situações hilárias + grande roteiro + constantes críticas ao povo americano da classe média = Borat, umas das melhores comédias em 2006


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1°) O Superbad - É Hoje - Grande Surpresa em termo de Filme Besteirol
"Recicla as piadas de sexo de uma maneira inteligente e inesperada. No meio de tantas risadas, ainda há espaço para poesia e reflexão." Rodrigo Cunha



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sábado, 19 de janeiro de 2013

Até Que a Sorte Nos Separe - Crítica de Filmes


ISSO FOI UM FILME?

Filme mais visto em relação a obras nacionais e nono se juntarmos com filmes estrangeiros nas salas de cinema do Brasil conseguindo assim grande êxito de bilheteria, entretanto não conseguindo obter o mesmo sucesso na qualidade cinematográfica, devido há vários erros no roteiro raso e previsível, em atuações risórias e na direção fraca (até hoje me pergunto se isto foi uma obra cinematográfica).

Este péssimo filme nacional conta história do Casal Ane (Danielle Winits) é a bem comportada esposa de Tino (Leandro Hassum), que vê sua vida transformada após o marido ganhar na loteria. Mas o casal perde tudo, e a partir daí Tino passa a bolar uma série de situações hilárias para que Jane não perceba que estão falidos.

O roteiro para qualquer pessoa mais atenta observaria a superficialidade do filme logo nas primeiras cenas, pois seus personagens são poucos desenvolvidos principalmente Jane e para alguns falta um maior aproveitamento (principalmente a filha do Casal e Adelson que é feito por Airton Graça), aliás, vemos muitas escorregadas no Roteiro como Tino viver uma vida consumista sem trabalhar ou fazer qualquer investimento e seu dinheiro perdure por dez anos.

A parte técnica do filme não compromete negativamente para está produção, sendo a captação de áudio um pouco confusa e a casa do Tino um pouco aquém de uma pessoa milionária e com extravagante.

As atuações são os piores aspectos deste filme, começando pelo Kiko Mascarenhas e Rita Elmor que fazem Amauri e Laura respectivamente, os dois são tão ruins e superficiais que parecem que eles estão fazendo novela mexicana. Daniela Winits segue linda, pena que sua interpretação não consegue está no mesmo patamar da sua beleza, Ailton Graça muito por causa do seu talento consegue salvar seu personagem sendo que Leandro Hassum que rouba todo filme conseguindo inserir comédia no mesmo, todo perdido em sua própria história, mas percebemos que ele não está interpretando Tino e sim a se mesmo, pena que o roteiro e o diretor não conseguem aproveitar mais deste grande comediante.

Fica claro que o diretor Roberto Santucci preferiu fazer um comercial que faturasse grande público não ligando muito para sua qualidade fílmica é tanto o seu formato parecido com novela e por vezes um programa humorístico vide as situações que o personagem Tino passa. Na verdade está obra pode ser o que quiser se propor, mas de nada parece com uma produção cinematográfica, antes assistir um show de comédia de Leandro Hassum do torturar seus olhos. Pior filme nacional de 2012, muito ruim mesmo.

NOTA 4,0

FICHA TÉCNICA
Direção: Roberto Santucci
Roteiro: Gustavo Cerbasi (livro)
Gênero: Comédia
Ano:2012
Origem: Brasil
Duração: 100 minutos
Tipo: Longa-metragem


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quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

O Som ao Redor - Critica de Filmes


VOCÊ SE SENTE INVADIDO POR ESTE FILME


Na sua crítica e observação, no seu primeiro longa-metragem,
sendo este mais contundente que seus outros curtas sobre a classe média e suas fortalezas (os condomínios), sendo considero por críticos o melhor filme nacional em 2012.

O filme é ambientado onde Kleber Mendonça Filho mora no Recife, a trama é localizada em três ou quatro ruas que a família do senhor Francisco domina, mas com a chegada de uma equipe de vigilância que oferece serviço de segurança por 24 horas, a influência e poder deste senhor diminuem. Sendo um pretexto não só para contextualização para classe média, mas uma relação histórica entre o mesmo e os latifundiários da recente história brasileira que apesar de nos encontrar no século 21, a exploração e o desejo constante de aquisição só aumentam e ganha nova proporções, observando que os latifundiários nunca deixaram de existir no Brasil.

O diretor se arrisca ao colocar atores poucos conhecidos, com pouca experiência ou amadores, o único que é experiente que se encontra no filme é Irandhir Santos que brilhantemente interpreta o segurança Clodoaldo, mas a direção firme e precisa consegue manter as atuações satisfatórias mantendo a qualidade dramática e cinematográfica.

A narrativa é o principal aspecto do filme, primeiro pelo mal estar produzido pela trilha do DJ Dolores e consequentemente a sua edição de som tendo no seu repertório sons de elevadores, música alta e que, para alguns personagens são grandes tormentos (como uma das moradoras que sente incomodada com os latidos do cachorro) que transcende a tela de cinema e vai até nossos ouvidos, e as escolhas dos planos que deixa o filme cada vez mais aterrorizante.

O roteiro tem uma preocupação importante com as constantes invasões sofridas pelos personagens dos condomínios como, por exemplo, a chegada dos seguranças e os filhos dos empregados e a forma como se relacionam os funcionários e empregados tão próximos e tão distantes visto também seu final de certa forma surpreendente.

No Prêmio de Cinema Tropical ganhou como melhor filme latino-americano e está na lista dos dez melhores filmes do ano de 2012 segundo The Nem York Times ao lado de Django Livre de Quentin Tarantino, além de vencer no Festival de Gramado nas categorias melhor filme, som e filme da Crítica.
Filmão do nosso cinema nacional, que lembra muito as correlações do passado e presente dos filmes de Sergio Bianchi (Cronicamente Inviável e Quanto Vale ou é Por Quilo?), mas de uma sutileza crítica que poucos como Kléber Mendonça Filho conseguem colocar.

NOTA 9,5

Diireção: Kleber Mendonça Filho
Roteiro: Kleber Mendonça Filho
Gênero: Drama/Suspense
Origem: Brasil
Ano: 2012
Duração: 131 minutos
Tipo: Longa-metragem

Trailer do filme

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Febre do Rato - Crítica de filmes


A Experiência que deu certo

Claudio Assis já seguia uma linha de filmes polêmicos (Amarelo Manga e Baixio das Bestas) em que o público mais leigo estranhava enquanto os críticos adoravam (com atores conhecidos como Dira Paes), mas com Febre de Rato o tom subversivo é tão forte que nem a fotografia preta e branca aumenta esse sentimento.

Febre do rato conta a história do poeta Zizo um ser inconformado de atitude anarquista que tem um jornal que pública as próprias custas. Tendo atitudes fora dos padrões como ter relações sexuais com vizinhas senhoras de idade. Um dia todas as convicções de começam a ruir quando conhece Eneida. Nesse contexto que podemos ver as contradições e subversões do ser humano no seu mais claro relacionamento entre si.

A fotografia de Febre de Rato se casa de forma divina aos personagens considerados por esta sociedade estranhos e sem cores tornando a obra tão plástica e bela. As vezes parece que o mundo em que os personagens estão inseridos, são por eles visto deste jeito, apesar da escolha arriscada e pouco comercial casou bem com filme.

Os atores merecem ser lembrados pela coragem em atuar neste filme de grande carga dramática, destaques para os sempre bons Irandhir Santos que faz muito bem o poeta Zizo e Matheus Nachtergaele como paizinho (trabalhou com o diretor nos seus outros filmes), como todo elenco em grande sincronia cênica, mas a surpresa está para atriz Nanda Costa que surpreende pela sua grande atuação para uma personagem difícil em contraponto com seus papeis em novelas globais.

As escolhas de plano do diretor Cláudio Assis aumentam mais este incômodo que o público com o passar do filme sente, estás alternativas que o diretor apresenta como nas cenas em câmera alta, plano horizontais entre outros. Parece que para o expectador é filme desorganizado, mas está impressão é parte de uma organização muito bem feita.

O roteiro feito de muita coragem por tocar em assuntos ainda tabus na nossa sociedade ( como a homossexualidade) mostra como ideias e ideologias não verdades absolutas e de como um elemento pode transformar tudo isto originando um ser ainda mais subversivo e culminando no seu desorganizado que acaba se organizando no todo.
Muitos atores desse filme afirmaram que está obra era um experimento, fiquei com medo destas declarações pois quando dizem isso muitas das vezes a obra não é boa, ainda bem que toda regra tem exceção e que muitos experimentos nacionais apareçam.

Nota 9,00

      FICHA TÉCNICA
Direção: Cláudio Assis
Roteiro: Hilton Lacerda
Gênero: Drama
Ano 2012
Origem: Brasil
Duração: 110 minutos

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